Sua carteira cripto pode estar em risco — veja como protegê-la de fraudes
29/04/2025

Atualmente, a taxa de adoção de criptomoedas está no auge, com quase 10% da população mundial utilizando cripto de forma ativa. No entanto, a popularidade frequentemente vem acompanhada de problemas, e no caso das criptomoedas, o número de golpistas só aumenta.
Como o setor ainda é relativamente novo, os usuários às vezes carecem de informações importantes e acabam sendo presas fáceis para criminosos. Como evitar isso e proteger seus fundos? Explicamos neste artigo.
Por que as criptomoedas atraem tantos golpes
Muitas pessoas acreditam, de forma equivocada, que o próprio conceito de cripto é uma fraude. No entanto, criptomoeda, enquanto meio de pagamento ou forma de armazenar valor, não tem relação direta com golpes. O problema está em aspectos mais profundos — começando pelo anonimato das transações. Diferentemente de operações tradicionais, as transferências em blockchain não exigem identificação, o que permite que golpistas ocultem sua identidade e movimentem valores sem deixar rastros.
Outro fator decorrente do anonimato é a irreversibilidade dos pagamentos. Na blockchain, é praticamente impossível recuperar fundos transferidos, e quando isso se soma à falta de rastreabilidade, o ambiente se torna perfeito para fraudes.
Além disso, ainda há uma ausência de regulamentação rigorosa. Embora a União Europeia já tenha implementado o regulamento MiCa e outras diretrizes que ajudam a proteger tanto empresas quanto consumidores finais, nem todas as regiões contam com legislações claras. Em lugares onde a lei ainda não acompanha o setor, os golpistas se sentem à vontade para lançar projetos duvidosos e serviços falsos.
Por fim, um dos maiores problemas é a falta de conhecimento por parte dos usuários. Apesar da popularização das criptomoedas, muitas pessoas ainda não sabem como proteger seus ativos digitais. Isso as torna vulneráveis a sites falsos, aplicativos inseguros e promessas enganosas.
Casos reais de golpes com cripto
Se por um lado é difícil combater as causas estruturais — que estão na própria natureza das criptomoedas —, por outro, é essencial enfrentar o problema da falta de conhecimento técnico. Quanto mais informação os usuários tiverem, mais difícil será para os golpistas enganá-los.
Para ajudar você a se proteger, nossa equipe de segurança compartilha duas táticas inesperadas usadas por fraudadores — para que você saiba exatamente no que ficar de olho.
Na blockchain Solana (e também em outras redes), qualquer pessoa pode criar um token e dar a ele o nome que quiser. Os golpistas aproveitam isso para criar versões falsas de stablecoins conhecidas, como o USDT. Eles enviam esse token falso para um comerciante e dizem: “Enviei 1.000 USDT, aqui está o hash da transação, mas o dinheiro não chegou!”. Em seguida, pressionam o comerciante, acusando-o de fraude e exigindo a devolução dos “fundos perdidos”.
Ao verificar a transação, percebe-se que o contrato desse token é diferente do contrato original do USDT verdadeiro. O token falso não tem valor algum — ele serve apenas para enganar o comerciante e forçá-lo a reembolsar um valor inexistente.
Outro caso comum envolve lavagem de dinheiro. As criptomoedas são conhecidas por casos desse tipo, e os golpistas muitas vezes tentam “limpar” dinheiro de origem ilícita por meio de carteiras de comerciantes.
Como funciona? Nosso especialista de suporte Anton Volochay explica: “Eles começam enviando pequenas quantias para o comerciante, testando o sistema. Por exemplo, enviam US$10 com um alto risco associado. Se a transação for aceita, mandam mais US$10, depois US$20, US$30, e assim por diante, aumentando o volume. Assim, eles misturam o dinheiro sujo com fundos legais do comerciante”.
Depois disso, solicitam um saque. Quando acumulam, por exemplo, US$100, esse valor é processado junto com os ativos principais do comerciante, reduzindo seu nível de risco aparente. “Com isso, a pontuação de risco dessas moedas diminui, mas a carteira do comerciante começa a se contaminar. Com o tempo, exchanges podem recusar trocar seus fundos devido ao alto risco”, acrescenta Anton.
Para proteger os comerciantes desse tipo de golpe, implementamos um verificador AML que analisa as transações recebidas e detecta riscos potenciais. Se uma possível contaminação for identificada, o comerciante é notificado e pode decidir bloquear a transação, aprová-la ou devolvê-la ao remetente.
Outras técnicas de golpe que você deve conhecer
Golpistas também criam sites de phishing que imitam plataformas de cripto conhecidas — visualmente idênticos às originais. O usuário insere seu login e senha acreditando estar em um site legítimo, mas na verdade está enviando seus dados aos criminosos.
Além disso, algumas “carteiras” podem ser trojans disfarçados, que roubam imediatamente sua chave privada ou frase SEED e a enviam aos golpistas. Por isso, baixe carteiras apenas de sites oficiais, e nunca insira seus dados em aplicativos suspeitos.
Também são comuns os esquemas de “pump and dump”. Os fraudadores criam um token, aumentam artificialmente seu preço com marketing e notícias falsas, e depois vendem tudo de uma vez, derrubando o valor. Quem comprou no topo acaba com ativos inúteis.
Como evitar cair em golpes
Proteger seus ativos em cripto não precisa ser complicado. Basta seguir algumas regras fundamentais. Use formas confiáveis de armazenar seus fundos e ative, sempre que possível, a autenticação em dois fatores (2FA), uma ferramenta simples mas eficaz para proteger suas contas.
A educação também é essencial: quanto mais você entender sobre os métodos de fraude, mais difícil será ser enganado. Então, estude e compartilhe conhecimento com sua equipe. Tenha cuidado com promessas de dinheiro fácil. Se alguém oferece lucros altos sem risco, provavelmente é golpe. Sempre verifique a reputação das partes envolvidas antes de iniciar qualquer parceria — analise seu histórico e confiabilidade.
E, claro, trabalhe somente com processadores de cripto reconhecidos, que tenham boa reputação e ofereçam mecanismos adicionais de segurança, como depósitos garantidos e seguro de transações.
Na PassimPay, a segurança vem em primeiro lugar. Nosso verificador AML, ferramentas de análise de risco e equipe de suporte 24/7 garantem que seus fundos estejam protegidos contra fraudes.
Se você suspeita de algum golpe ou precisa de assistência, estamos aqui para ajudar:
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Quer proteger seu negócio contra golpes? Deixe seus dados e um de nossos especialistas apresentará todos os nossos recursos de segurança.
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