O futuro do mercado de pagamentos digitais: tendências e previsões
05/06/2025

Os pagamentos digitais deixaram de ser novidade há muito tempo. Já nos acostumamos a pagar com o celular, transferir dinheiro usando apenas um número e receber salários em carteiras eletrônicas. No entanto, mesmo nesse setor que parece tão familiar, continuam ocorrendo transformações significativas. O que vai mudar nos próximos anos e quais tecnologias vão definir o futuro dos pagamentos digitais? Contamos tudo neste artigo.
Tudo em um só lugar
Se em 2015 as soluções mais avançadas eram os pagamentos por NFC e os códigos SMS de uso único, hoje a carteira digital está se tornando um ecossistema completo. Aplicativos com carteira integrada estão virando verdadeiras "superapps financeiras", onde o usuário pode abrir uma conta, obter crédito, enviar uma transferência P2P e realizar diversas outras operações em uma única interface.
O próximo passo é o desenvolvimento dessas superaplicações e a expansão da base de usuários. No Sudeste Asiático, essa tendência já está bem avançada: por exemplo, o WeChat Pay oferece tudo — de transporte por aplicativo até investimentos em bolsa. Na Europa, na CEI e na América Latina, os aplicativos fintech também estão caminhando para esse formato, buscando unificar serviços bancários e não bancários em um só lugar.
Mas isso ainda é só o começo: no futuro, essas carteiras digitais podem se transformar não apenas em ferramentas de pagamento, mas também em verdadeiros passaportes digitais. Elas poderão armazenar dados biométricos, assinaturas eletrônicas e até dar acesso a serviços públicos.
Crescimento da biometria e integração com IA
Antes achávamos que pagar com o rosto era coisa de filme futurista. Hoje, isso já é realidade. As tecnologias biométricas estão evoluindo rapidamente e sendo implementadas em todo o mundo. Na China, é possível pagar em lojas apenas olhando para a câmera e sorrindo levemente. Na Índia e nos Emirados Árabes Unidos, já são utilizados terminais que leem impressões digitais ou escaneiam o rosto para confirmar a identidade e autorizar pagamentos. Esses métodos estão se tornando cada vez mais comuns, especialmente em locais com grande fluxo de pessoas.
Ao mesmo tempo, a inteligência artificial está ganhando espaço no setor de pagamentos. Empresas mais tradicionais, como a Visa, vêm correndo atrás do mercado digital e já estão implementando sistemas inteligentes de análise de transações, como o Visa Intelligence. Com essa tecnologia, é possível detectar operações suspeitas instantaneamente e ajustar limites de acordo com o perfil do usuário. Também é possível configurar preferências para que o sistema realize compras automaticamente. A IA ainda pode oferecer sugestões personalizadas, ajudando o usuário a gerir suas finanças de forma mais inteligente.
Integração massiva das criptomoedas
Nos últimos anos, as criptomoedas deixaram de ser uma “brincadeira” incompreendida e se tornaram uma ferramenta real de pagamento. Atualmente, cada vez mais pessoas no mundo utilizam cripto para compras reais — tanto online quanto em lojas físicas. O uso global de criptomoedas cresceu 190% nos últimos anos. Isso é especialmente relevante em países com economias instáveis, onde a confiança nas instituições financeiras tradicionais é menor. Em algumas dessas regiões, as transações com cripto já representam 20% do varejo. E não estamos falando de especulação, mas de gastos do dia a dia, como alimentos.
As criptomoedas atraem por sua velocidade e taxas baixas. Com elas, é possível fazer transações sem depender de bancos e realizar transferências internacionais com facilidade. Além disso, cada vez mais lojas e plataformas online aceitam pagamentos em Bitcoin, Ethereum ou stablecoins como USDT e USDC. Muitas vezes isso é mais simples tanto para o comerciante quanto para o cliente. Por isso, mais serviços de processamento cripto estão oferecendo esse tipo de solução, e a demanda só tende a crescer.
Mais do que uma carteira digital
É evidente que o crescimento dos pagamentos com criptomoedas impulsionou também o aumento das carteiras cripto. Uma pesquisa conduzida pela PassimPay no início de 2025 com mais de 2.500 clientes e usuários de diferentes países revelou que as carteiras cripto já não se limitam a guardar ativos digitais. Hoje, são usadas para trading (45%), geração de renda por meio de protocolos diversos (43%), transferências digitais (38%) e também para staking (36%). Cada vez mais pessoas acompanham o mercado e testam novos tokens diretamente na interface da carteira. Jovens da geração Z são os mais engajados — representando 42% dos entrevistados.
Também observamos que, em diferentes regiões do mundo, as carteiras cripto resolvem diferentes necessidades: no Sudeste Asiático — transferências; na África — pagamentos do dia a dia; na América Latina — estratégias móveis para geração de renda. Na prática, a carteira se torna uma porta de entrada para a economia digital, e não apenas um cofre para criptoativos.
O fim da Visa e Mastercard?
É claro que ainda é cedo para falar em substituir completamente os sistemas de pagamento tradicionais, especialmente considerando que eles também estão evoluindo. No entanto, a posição dominante dessas empresas já está sendo desafiada. Em vários países surgiram sistemas de pagamento locais que vêm ocupando o espaço das marcas internacionais, como o RuPay na Índia e o UnionPay na China. Esses sistemas atendem às demandas internas, enquanto no exterior os usuários estão recorrendo cada vez mais às criptomoedas.
Para transferências internacionais, hoje é mais vantajoso utilizar stablecoins — isso reduz as taxas e evita atrasos. Cada vez mais empresas adotam modelos "crypto-in, fiat-out", em que o cliente paga em cripto e o vendedor recebe em moeda tradicional. Essa abordagem é prática e segura tanto para consumidores quanto para os negócios. Com todas essas mudanças, é improvável que vejamos um retorno em massa aos cartões tradicionais, já que o mercado se tornou mais diverso e interessante.
CBDCs e moedas digitais estatais
Enquanto alguns países avançam com o uso de criptomoedas, outros estão criando suas próprias moedas digitais emitidas pelo governo — as CBDCs (Central Bank Digital Currencies). Elas são versões digitais das moedas oficiais, emitidas pelos bancos centrais. Apesar da semelhança com as criptomoedas, as CBDCs não foram criadas para substituí-las. Pelo contrário, podem funcionar como uma ponte entre o sistema bancário tradicional e as novas soluções fintech. Por exemplo, a China já está testando ativamente o yuan digital, e na União Europeia discute-se a criação do euro digital.
As CBDCs unem as vantagens dos pagamentos digitais com a segurança e o controle do Estado. Elas permitem transferências instantâneas e aumentam a transparência dos fluxos financeiros. Como alguns países já iniciaram projetos piloto, é provável que as moedas digitais estatais sejam implementadas amplamente nos próximos anos.
Quem vai continuar no jogo?
É importante entender que o antigo modelo dificilmente voltará. Vão vencer os players que conseguirem se adaptar rapidamente, oferecendo flexibilidade e segurança. Os usuários vão escolher não apenas confiança, mas também conveniência.
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